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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

AULAS DE MARÇO

VAMOS NOS PREPARAR!




Linda versão do hino Mais perto quero estar.

11 atividades para ensinar finanças aos filhos



Exemplo, limites e responsabilidade para se virarem sozinhos. É disso que crianças e adolescentes precisam para ter sucesso na vida financeira, ensina Celina Macedo, professora da primeira disciplina de Educação Financeira do país voltada para o Ensino Médio. Em seu recém-lançado livro, “Filhos: seu melhor investimento”, Celina dá dicas práticas para os pais investirem na educação financeira dos filhos, a fim de proporcionar-lhes uma vida confortável no futuro.
Pais abastados – principalmente os que tiveram uma infância pobre – muitas vezes desejam dar aos filhos tudo que não tiveram, em vez de ensinar-los a conquistar. Os jovens, por sua vez, podem crescer achando que sempre terão tudo que querem, correndo o risco de se tornarem adultos sem controle financeiro. “Muitos pais não ensinam os filhos a gerir a própria vida. Quando colocamos limites desde a infância, a criança aprende a superá-los”, diz Celina.
Celina Macedo tem pós-doutorado em Psicologia Cognitiva e é também casada com o professor Jurandir Macedo, especialista em finanças comportamentais. Ela afirma que, em casa, falar de educação financeira sempre foi fácil, e que muitos exemplos do livro vieram de seu próprio convívio familiar. Veja, a seguir, 11 dicas da autora para ensinar crianças e adolescentes a ter inteligência financeira:
1. Ensine quem está no comando:
Crianças precisam de limites, não de motivos para obedecer. Não abra exceções, porque estas se tornam regras. Mas permita alguma negociação, desde que a criança não receba tudo que quer de mão beijada. “Coloque limites para que os filhos criem garra e aprendam a superá-los”, diz Celina.
2. Dê tarefas que envolvam dinheiro:
Coloque o dinheiro na mão da criança e peça-lhe para fazer uma compra e trazer de volta o troco. É uma maneira de conferir-lhe responsabilidade, e faz com que a criança se sinta importante. Uma criança de cinco ou seis anos já tem capacidade de fazer isso sozinha.
3. Ensine o valor do dinheiro (literalmente):
Faça cartazes, tabelas ou simplesmente mostre notas e moedas para as crianças compreenderem o valor do dinheiro: o que dá para comprar com cada quantia, quanto tempo é preciso trabalhar para acumular aquele montante, por que 25 centavos valem menos que um real, e assim por diante. Essa atividade já pode ser desenvolvida a partir dos cinco anos de idade.
4. Jogue com seus filhos:
Jogos que tenham regras, como os de tabuleiro ou de perguntas e respostas, são excelentes para ensinar às crianças que a vida tem normas que devem ser respeitadas. O efeito no aprendizado é melhor quando os pais jogam com os filhos. “Sente com seu filho para ler as regras e faça-o entender que elas devem ser respeitadas, que cada um tem sua vez de jogar, e que às vezes a gente ganha e às vezes perde”, aconselha Celina, que completa: “Alguns pais deixam os filhos ganharem, isso não é saudável. Eles precisam aprender a lidar com a derrota.”
5. Ensine o trabalho em equipe:
Promova atividades em família, em que todos trabalhem, opinem e participem. Faça com que todos colaborem no serviço da casa e no almoço de domingo. A criança aprende a trabalhar em conjunto, a ter responsabilidade, se sente participante do núcleo familiar e aprende a se virar sozinha. As tarefas domésticas são excelentes para mostrar à criança que ela pode fazer as coisas por conta própria em vez de ficar esperando que alguém faça por ela. Elogie quando o trabalho estiver bom e critique quando estiver ruim, para que ela aprenda com os erros.
6. Use a mesada para ensinar seu filho a montar um orçamento:
Ao dar a mesada, incentive-o a anotar os gastos, para que ele se acostume a fazer planejamento financeiro. Para Celina, a mesada pode ser introduzida por volta dos dez anos de idade e deve levar em conta apenas os gastos do dia a dia da criança. “Comece dando uma semanada, pois para uma criança, uma semana é uma eternidade. Depois passe para a quinzenada e só mais para frente passe a dar o dinheiro mensalmente”, aconselha.
7. Acabou o milho, acabou a pipoca:
Se o dinheiro da mesada acabar antes da hora, não o reponha. Se hoje a reposição vem dos pais, amanhã virá do banco, sob a forma de empréstimos. “Os pais devem ensinar que se o dinheiro acabou, acabou. Resta ao filho sofrer”, afirma a autora.
8. A listinha do Papai Noel é uma fantástica fonte de lições:
Aproveite a lista de presentes do Natal ou aniversário para ensinar que 1) a criança não vai ganhar tudo que quer na vida, então só vai receber um presente da lista; 2) criar expectativa é gostoso, será divertido imaginar o que o Papai Noel vai trazer; e 3) planejar e esperar faz parte da vida. Outra lição importante que o Natal pode ensinar é a generosidade. “Acrescente um presente a mais na lista para ser doado a uma criança carente, ou oriente seu filho a doar um brinquedo antigo, em bom estado, antes de receber um novo”, diz Celina Macedo. Uma boa maneira de acender o altruísmo nos filhos é levando-os a uma instituição dedicada a cuidar de crianças carentes e até levar o presente pessoalmente.
9. Dê o exemplo:
Na educação dos filhos, o “faça o que eu digo, não o que eu faço” não cola. Os pais têm que servir de modelos, principalmente para os adolescentes. Se a mãe chega do shopping sempre cheia de sacolas, não adianta dizer que o filho não pode ter determinada roupa ou aparelho eletrônico.
10. Presente é estar presente:
Mais uma vez a questão do exemplo. Brinque com a criança e confraternize em família. Valorize mais as experiências do que os bens materiais, para que a criança cresça com esse senso. “Não adianta dar uma avalanche de presentes e ser ausente”, diz Celina.
11. Faça o adolescente participar do orçamento da família:
Marque conversas quinzenais em família sobre gastos e orçamento, identifique onde estão os focos de desperdício e convoque os adolescentes a ajudarem nos cortes. O valor economizado pode até se converter em um presente que os filhos desejem.